Você já se perguntou de quantas pessoas você é capaz de lembrar o nome que, estando doente, encontraram dificuldades para serem atendidas pelos serviços de saúde em nossa cidade? Quem você conhece que perdeu a vida em filas de hospitais aguardando atendimento ou ainda pessoas que perderam a vida por causa do atendimento precário da saúde pública?
São desses irmãos e irmãs esquecidos nas filas dos atendimentos de saúde, cujas mortes poderiam ser evitadas, que somos convidados a lembrar agora.
Em Mt. 26, 14-15.47-50 somos colocados diante de uma decisão a ser tomada por um dos apóstolos de Jesus; alguém que caminhava com Jesus. Judas Iscariotes é provocado: de um lado, falam os interesses individuais, de outro lado fala o Projeto do Reino de Deus, os interesses coletivos, o compromisso com a vida em abundância. E Judas tem que tomar uma decisão.
Diz o texto sagrado:
14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e perguntou-lhes: 15 Que quereis dar-me e eu vo-lo entregarei. Ajustaram com ele trinta moedas de prata. 47 Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos Doze, e com ele uma multidão de gente armada de espadas e cacetes, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo. 48 O traidor combinara com eles este sinal: Aquele que eu beijar, é ele. Prendei-o! 49 Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: Salve, Mestre. E beijou-o. 50 Disse-lhe Jesus: É, então, para isso que vens aqui? Em seguida, adiantaram-se eles e lançaram mão em Jesus para prendê-lo (Mt. 26, 14-15.47-50).
Hoje, Jesus continua sendo traído pelos corruptos que desviam os recursos públicos destinados ao cuidado com o bem estar da população brasileira, maranhense e imperatrizense. Continua sendo traído, também, por aqueles que se calam, se omitindo diante da realidade e, com isso, colaborando com o abandono do povo, a exclusão, sobretudo, daqueles mais carentes.
É por estes que fazemos uma prece silenciosa, pedindo perdão pela omissão no cuidado com a saúde e intercedendo pelo descanso eterno daqueles que perderam suas vidas por mortes que poderiam ser evitadas.
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