terça-feira, 3 de abril de 2012

2ª PARADA: A saúde no corpo e na alma

Nessa parada reflexiva vamos buscar Isaias 53, 2b-5 que nos fala sobre o servo sofredor:
Como cristão, que valor tenho dado ao meu corpo, que é templo de Deus? Como tenho cuidado do meu corpo e da vida espiritual? E olhando para as pessoas que passam ao meu lado, consigo ver nelas um irmão, uma irmã com os mesmos direitos à vida e à dignidade que eu possuo? O que pretendo fazer para contribuir de modo que "a saúde se difunda sobre a terra"?

"Ele...não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia seduzir-nos. 3 Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores, experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto, era amaldiçoado e não fazíamos caso dele. 4 Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. 5 Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas".
Quantos irmãos e irmãs sofredores estão perambulando pelas ruas de nossas cidades, enquanto passamos por eles "sem os vermos"? Quantos doentes sem leitos nos hospitais, sem um mínimo de cuidado digno? Quantos desempregados sem ter como alimentar suas familias, sem ter onde morar, o que vestir, onde reclinar a cabeça? Quantos vencidos pela dependência química? Quantos sem esperança? Quantos vivendo das sobras de outros que só acumulam, que têm demais? É Jesus desfigurado, esquecido, rejeitado!

Enquanto tantos irmãos (sobre)vivem fragilizados em sua existência, a sociedade preocupa-se em promover a saúde como cuidado com o corpo. A "ditadura da boa aparência" apresenta certo padrão de beleza que é tratado como fundamental para que o ser humano seja reconhecido e inserido no meio social. Muitas pessoas transformaram esse cuidado em idolatria pelo culto ao corpo. No entanto, o cuidado com o corpo não tem a beleza como finalidade única, mas a vida saudável para favorecer o trabalho e a convivência social.

Não podemos esquecer, contudo, que a saúde da alma, da vida interior, promove o equilíbrio existencial de todos nós e que a saúde integral é direito inalienável de todas as pessoas, pois somos todos chamados à vida em plenitude, para ser vivida em comunhão. 



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